O cenário econômico pouco favorável para o Brasil em 2015 pode ser contornado ao adotar alguns cuidados na hora de gerir os negócios. A Equilibrados, empresa especializada em consultoria para pequenas e médias empresas, dá sete dicas para sobreviver – e até prosperar – em um período de condições adversas:
1. Planejar é a palavra-chave
Um planejamento financeiro anual evita surpresas. Ele deve levar em conta previsões sobre o cenário nacional, assim como o histórico de desempenho da própria empresa. “Quanto mais informações, melhor a capacidade de se preparar para um momento de crise”, explica Fernando Poloni, sócio da
Equilibrados ao lado de Alex Antunes. Na hora de administrar um negócio é necessário tomar decisões 100% racionais, baseadas em projeções realistas. “Antes achávamos que acertaríamos meio no feeling, agora embasamos melhor nossas decisões”, comenta Elismar Caldeira, sócio da transportadora Transcal, cliente da consultoria.
2. Custos fixos X variáveis
É preciso separar os custos variáveis – que mudam de acordo com a demanda, como insumos – daqueles fixos, a exemplo do aluguel do espaço e salários dos funcionários. Ao considerar o piso e o teto de gastos, a empresa é capaz de estabelecer metas para se manter no azul mesmo em um cenário adverso.
3. Raio X no fluxo de caixa
É indispensável monitorar a entrada e saída de dinheiro no negócio – “organizar para controlar”, afirma Poloni. Isso não significa apenas saber o faturamento total da empresa, mas sim segmentar os custos e receitas por produto, assim como discriminar qual o destino de cada despesa ou investimento. “A Equilibrados ajudou a enxergar a situação atual da minha empresa e, com isso, planejamos o futuro”, conta Mauro Clemente, sócio da importadora e distribuidora de alimentos C – Trade Gourmet.
4. Precificação
Um dos pontos que leva empresários a errarem é na hora de decidir o preço dos produtos ou serviços. “E isso ocorre tanto para cima quanto para baixo”, conta Poloni. É preciso reavaliar constantemente os valores cobrados, observando a concorrência e a flutuação do mercado, bem como a estrutura de custos da empresa. Em um ano de crise, é ainda mais importante essa análise.
5. Fidelização
Os empresários não devem ficar acomodados quanto aos seus clientes. Estratégias para garantir a frequência de aquisição de produtos ou contratação de serviços são essenciais, como promoções e campanhas de divulgação. “O ideal é montar um banco de dados com os contatos de quem compra, e utilizar essas informações para manter as pessoas por perto”, recomenda Antunes.
6. Pessoa Física X Jurídica
É problemático – e muito comum – não separar informações, despesas e ganhos relativos ao negócio e ao dono. “A empresa tem que ter vida própria, não dá para tirar dinheiro do caixa a torto e a direito”, orienta Antunes. O oposto também se verifica: um empreendimento que só sobrevive por meio da injeção de dinheiro dos sócios não é viável.
7. Acompanhamento diário
Todos os dias é preciso dedicar algumas horas para analisar a empresa. É comum empreendedores disporem de muitos dados sobre seu negócio mas, por falta de tempo, não pararem para estudá-los e deixarem de empregar essas informações – que se tornam inúteis. Uma alternativa é contratar um profissional especializado para a tarefa.
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