Terça-feira, 31 de janeiro de 2023
As empresas estão explorando novas formas de oferecer soluções mais completas por meio da tecnologia e da inovação. A exemplo disso, a interpretação de Big Data permite às empresas introduzir melhorias em seus produtos e serviços, bem como adaptar os modelos de negócio de maneira eficiente.
De acordo com Carlos Grandet, Diretor Global de Dados da Clara, plataforma digital para controle de gastos corporativos da América Latina, o processamento de dados para obter informações significativas está se tornando uma ação imprescindível em um cenário internacional cada vez mais competitivo, permitindo melhores experiências de consumo. Nesse sentido, Grandet aponta quatro tendências tecnológicas fundamentais que os empreendedores devem levar em conta em 2023:
Comportamento dos consumidores, finanças internas e cibersegurança estão entre as principais categorias nas quais as empresas podem aproveitar os seus próprios dados. Razão pela qual os serviços SaaS (do inglês, software como serviço), se tornaram os modelos de gestão de dados mais transformadores para as empresas nos últimos anos. De acordo com dados do Banco Mundial, na América Latina, o Brasil se tornou protagonista em números de empresas que aderiram aos SaaS, com mais de 300 empresas, principalmente nos setores do comércio eletrônico, transportes/logística, turismo e agricultura.
Tradicionalmente, o risco de crédito é mensurado por meio de métodos estatísticos e auditorias manuais, mas os recentes avanços em inteligência artificial estão abrindo portas para uma nova onda de Machine Learning. Os modelos e algoritmos de risco de crédito baseados na aprendizagem de máquinas têm atraído a atenção de emissores de crédito e dos investidores, uma vez que a maioria dos modelos de Machine Learning são mais eficientes e precisos do que os algoritmos estatísticos usados nas análises de crédito individuais.
O crescimento da adoção de meios de pagamentos digitais na América Latina é acelerado: em 2020, as transações por meio de mobile banking cresceram 48%! Ainda que a realidade de bancarização da população seja muito diferente entre o Brasil e o restante da América Latina (45% dos latino-americanos não tinham uma conta bancária em 2020, enquanto no Brasil em torno de 86% das pessoas têm acesso a algum serviço financeiro), esse crescimento está disseminado por toda a região.
Alianças entre diferentes fornecedores de ferramentas corporativas digitais é uma tendência que já provou ser de grande utilidade prática para as companhias contratantes. Espera-se que novas colaborações entre empresas e produtos que aumentam o valor agregado de cada fornecedor, integrando os seus serviços em interfaces de fácil utilização, ajudem empresas de todas as dimensões a acessar uma vasta gama de serviços a preços relativamente acessíveis, reduzindo e automatizando processos internos.
O rápido crescimento do setor da tecnologia financeira da região indica uma economia cada vez mais diversificada, tanto os empresários como as empresas têm uma oportunidade de ganhar vantagem sobre os seus concorrentes através da digitalização, e mais importante ainda, através da inovação com propósito.
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