Quinta-feira, 12 de novembro de 2015
As oportunidades de verticalização da produção primária na cadeia dos segmentos de base florestal, têxtil, mineral, de energia e do turismo foram apresentadas pelo Governo do Estado na terça-feira (10), no segundo dia do HSM ExpoManagement 2015, que segue até esta quarta-feira (11) em São Paulo. O secretário de Desenvolvimento Econômico Seneri Paludo se reuniu com 50 empresários no evento para divulgar dados socioeconômicos, diretrizes da atual gestão e programas fiscais e financeiros para atrair novos investimentos.
Mato Grosso é destaque quando se fala em agronegócio, setor que o colocou em evidência no cenário nacional e internacional. O Estado é hoje o maior produtor de soja do país e responde por 30% da produção nacional, é o maior de algodão (56%), possui o maior rebanho bovino do país (28,5 mi/cabeças) e segundo maior em pescado de água doce (12,8%).
Com toda essa gama de produção e liderança o Governo do Estado vem trabalhando para atrair investimentos que possam agregar valor às matérias-primas com inovação e tecnologia para o Estado continuar crescendo economicamente de maneira sustentável, gerando oportunidade de emprego e renda.
“Mato Grosso é um Estado agro, mas precisamos fazer um segundo passo que é a agregação de valor dos nossos produtos. Estamos com uma nova estratégia que é o Investe MT, que irá fazer a captação e atração de novos investidores, de indústrias e também de processos de comercialização para, cada vez mais, verticalizar a produção”, disse Paludo.
O secretário destacou ainda a contribuição e participação do setor produtivo no novo ambiente de negócio que está sendo construído no Estado. “Todas as ações estão sendo feitas pelo poder público em conjunto com as entidades representativas empresariais. Além disso, estamos buscando trazer tecnologia para cada vez mais sistematizar os serviços online para garantir agilidade nos processos”.
O Governo de Mato Grosso está inovando e em 15 anos de realização do HSM ExpoManagement, considerado o maior de gestão da América Latina, esta é a primeira vez que um Executivo Estadual participa do evento. Tal iniciativa tem atraído a atenção do público que visita o estande do Estado.
O presidente da empresa de consultoria e projetos Agroconsult, André Pessôa, corroborou a afirmação do presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz, que em sua palestra no HSM citou Mato Grosso como exemplo de um Brasil que dá certo.
“Mato Grosso é a parte do país que cresce, que se desenvolve e que, na verdade, gera a possibilidade de sustentação do pouco que ainda está funcionando na economia brasileira. O mercado olha para o Estado como uma forma de modelo e esperança”.
André Pessoa pontua ainda que o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos passa pela consolidação do país como exportador de produtos agrícolas e também pela reconstrução da infraestrutura seja em transporte, em telecomunicações, em educação. “E essa infraestrutura quando construída, ou acelerada a sua construção, vai tornar Estados produtivos como Mato Grosso ainda mais competitivos.
O professor de Logística e Infraestrutura da PUC-RS, Reinaldo Nogueira, destacou a participação do governo no evento que, para ele, mostra um Estado empreendedor. “Acho que é importante esse momento em que Mato Grosso se transforma em um polo gerador de negócios. Essa visão de negócios que Mato Grosso trouxe à mesa da HSM é fundamental. Parabenizo o Estado de Mato Grosso por pensar com esse escopo, não só em gestão pública, mas também no resultado que ações como essa podem trazer para a população”.
Nogueira comentou ainda sobre a importância de investimentos nos modais de transporte rodoviário, ferroviário e hidroviário para escoar a produção mato-grossense.
“Vejo com bons olhos a resposta do secretário dizendo que há investimentos pertinentes para esse segmento, que há investimentos principalmente para aquelas estradas de grande porte, aquelas que ligam e interligam o Estado. Isso é fundamental”, pontuou, ao referir-se à resposta sobre o programa Pró-Estradas tocado pela Secretaria de Estado de Intraestrutura e Logística e que prevê atuação em 8 mil km da malha rodoviária estadual.
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