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Micro momentos: “um bom varejista tem uma conversão de 3%, mas 97% é atividade anterior não convertida”

Executivo da Adobe explica como traquear informações digitais para marketing de “micro momentos” e diz o que será tendência em 2017

 

Por Gabriela Manzini*

 

“Se você pensar, um varejista tem uma conversão de 3%, o que é bom. Mas 97% é a atividade anterior que não foi convertida. No entanto, os consumidores deixaram muita informação no caminho. Talvez eles estiveram pesquisando, colocaram no carrinho e deixaram informação sobre seus interesses. Você pode entregar uma experiência significativa, enviar mensagens, usar dados para engajamento.”

 

A frase acima é de Tim Waddell, diretor de Marketing de Produto da Adobe, explicando como a jornada do consumidor pode ser aproveitada para os “micro momentos”, tão sonhados pelos marqueteiros de hoje.

Em sua última vinda ao Brasil para o evento da marca – o “Adobe Exprnce: The Creative & Technology Symposium” – Waddell concedeu entrevista exclusiva ao Digitalks abordando temas como vídeos online x TV, mídia e propaganda, transformação digital, tecnologia e marketing, e, especialmente, tendências, dando algumas dicas do que está rolando nos Estados Unidos – e o que nós, brasileiros, devemos ficar atentos!

Confira abaixo os melhores insights dessa entrevista.

 

A jornada do consumidor e o Marketing Cross-channel

 

A jornada do consumidor é definitivamente onde o mercado digital está.”

Tim Waddell, diretor de Marketing de Produto da Adobe, em evento da marca
Tim Waddell, diretor de Marketing de Produto da Adobe, palestra em evento da marca

Tim Waddell comentou sobre a dificuldade do marketing atual em conseguir acompanhar o consumidor na rede. Com os usuários se engajando com mais dispositivos, entregar uma mensagem relevante hoje “se torna difícil”. Ele destaca que identificar esse cliente como a mesma pessoa nos mais diferentes devices é a chave para conseguir atuar de forma mais relevante e performar. “A chave é identificar através dos múltiplos dispositivos”, frisou.  Mas, para isso, a tecnologia precisa entrar na rotina dos departamentos de Marketing e os profissionais devem analisar os dados que os consumidores deixam em seu site.

Com essa prática, fica mais fácil fazer um anúncio personalizado, entregar uma mensagem relevante, engajar com o cliente ou fazê-lo voltar. “Nós entregamos uma mensagem e contamos as histórias em diferentes momentos. [Mas] você precisa da tecnologia para fazer isso, começando pelos dados.”

O próximo passo é entregar essas mensagens sequencialmente e também em vários dispositivos. E, aqui, a criatividade volta para ao estado do Marketing pré-internet e é necessário encantar o cliente. [É necessário pensar em] mensagens significativas. O Adblocking está obviamente crescendo porque os marqueteiros não têm feito um bom trabalho”, opinou.

Ele ainda comentou que, ao usar a tecnologia, a privacidade dos usuários se torna algo primordial e é importante “pegar as informações que eles deixam você pegar” e pedir autorização para isso.

 

Micro Momentos

Se você já aprendeu a acompanhar a jornada do consumidor através das “impressões digitais” que ele deixa online, você conseguirá seguir para o próximo passo.

Você pode usar dados secundários ou terciários para entender os usuários e identificar o que eles gostam. [É a] experiência baseada em micro momentos”, explica.

Segundo Waddell, nós vamos ver mais desses micro momentos dentro da área.

 

Transformação Digital

Questionado se a transformação digital vale só para as grandes empresas ou startups de tecnologia, Tim explicou que a afirmação não necessariamente é verdadeira, mas, definitivamente, é preciso haver algum tipo de investimento envolvido. [Existe um] custo para mudar o negócio. [É um] sacrifício necessário para pagar pela transformação”, disse ao Digitalks.

Transformação Digital: recepção do Adobe Exprnce - The Creative & Technology Symposium
Transformação Digital: recepção do Adobe Exprnce – The Creative & Technology Symposium

Ele deu alguns exemplos de empresas que conseguiram mudar essa chave. Comentou de organizações pequenas que não precisaram de agências para produção online, citou o próprio Google – bem antes de se tornar o gigante de hoje – e como começaram com seus anúncios de busca, e ainda comentou sobre o modelo de subscrição da própria Adobe, ao invés dos antigos pagamentos mensais.

Para quem está começando, uma boa forma de economizar no processo e não precisar mudar no meio do caminho é pensar no modelo de negócio desde o início. “Cada empresa tem uma meta com os consumidores e como fazer melhor para trabalhar.

 

Vídeo online x TV e como isso se encaixa na Mídia

 

TV é o rei do anúncio.”

Emocional, Waddell explica que, com esse canal, é possível despertar risadas nos espectadores. Você pode fazer isso com um anúncio de TV. O vídeo vai traduzir isso para a web”, explicou.

O especialista citou os próprios anúncios da marca, que têm inovado na rede. E ainda mostrou esses dois vídeos online feitos pela marca que explicam a visão de Tim sobre a característica emocional que o formato consegue transmitir:

 

O vídeo se tornará o formato dominante de anúncio”, pregou Tim Waddell, diretor de Marketing de Produto da Adobe.

De acordo com o executivo, será possível trazer a mesma ideia de micro momentos – a mensagem certa, na hora certa – para os vídeos, com a entrega de anúncios dinâmicos.

Ele ainda afirmou que a Realidade Virtual (VR) virá para complementar essa ideia.

 

Tendências: o que veremos em 2017, segundo Tim Waddell

 

  • – Mais mídia para Mobile
  • – Processos mais simples para preencher formulários
  • – Vídeo é significante – será combinando com mobile vídeo
  • – A ideia de otimização cross-channel

 

Times fazendo display e busca e não conectados precisam se juntar para trabalhar juntos em como essas mensagens estão funcionando através [dos múltiplos canais e dispositivos].”

 

*Gabriela Manzini é jornalista, trabalha com comunicação há oito anos e é especialista em Comunicação Corporativa. Atua hoje com comunicação estratégica, marketing digital e marketing de conteúdo. Em suas passagens por agências de comunicação e marketing, atendeu clientes como Microsoft, Philco, Wacom Brasil, Toshiba Brasil, Citibank, Credicard Hall, Omron, Internacional Shopping Guarulhos, e os cantores Fábio Jr. e Paula Lima. Na área corporativa, trabalhou no departamento de marketing da Shoestock e é a atual gerente de Conteúdo do Digitalks.

 

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