Terça-feira, 28 de agosto de 2018
O consumidor, cada vez mais exigente, não aceita ser impactado por tantos anúncios. Por isso, para fazer uma publicidade que seja menos invasiva e verdadeiramente relevante para o cliente, muitas empresas têm investido em aprimorar suas estratégias de produção de conteúdo online. Diante desse cenário, um dos recursos que vem sendo utilizado, constantemente, é o Marketing de Influência com a presença dos influenciadores digitais.
Os influenciadores digitais são peças-chave para aumentar o engajamento da audiência porque conseguem estabelecer uma relação mais humana entre marca e clientes. A pesquisa do Intituto QualiBest,da qual participaram 700 pessoas, evidenciou o poder desses criadores de conteúdo. Segundo o relatório, para 49% dos entrevistados, os influenciadores digitais são fontes de informação decisivas para a decisão de compra, perdendo apenas para amigos e parentes.
Que os influenciadores são relevantes para uma estratégia de comunicação já está claro, mas o que as empresas precisam saber para criar ações efetivas com esses criadores de conteúdo? Para entender mais sobre esse mercado, o Digitalks conversou com o jornalista Armindo Ferreira, Fundador do Blog do Armindo.
Confira a entrevista a seguir:
[Armindo Ferreira] Há vários drives que devem ser levados em conta, entre eles: o fit dos valores do influenciador com os valores da marca e o público-alvo que se espera e se a marca busca awereness ou conversão. Antes do casamento é importante a fase do namoro nesse tipo de relacionamento.
[A.F] Os influenciadores costumam ter uma voz própria e uma certa autoridade em sua comunidade e, ao contratar o influenciador, a marca aproveita essa construção. Além disso, ações com influenciadores não são barrados por bloqueadores de propaganda e costumam ter mais aceitação que a publicidade tradicional.
Os contras são que a empresa “herda” o melhor, mas também o pior do influenciador: seus valores, preconceitos e atitudes e, como eles são seres humanos, e não veículos, trazem um risco natural na operação.
[A.F] Acho que o principal é a marca entender que números não são tudo. Investir na qualidade do influenciador, às vezes, faz mais sentido do que em números que, muitas vezes, são inflados. A marca tem ferramentas para buscar performance de jeitos mais efetivos se quiser. Aqui se trata de ter uma voz ativa numa determinada comunidade. Também é importante entender qual é o público-alvo, atingido na ponta e como a comunicação se dá com ele.
Aqui um detalhe importante é que relações de longo prazo são mais difíceis, mas funcionam melhor. Trabalhar com um influenciador que conhece seus executivos, sua linha de produção e seu produto a fundo é o melhor jeito de ter garantia de sucesso.
[A.F] Um erro comum que temos visto, inclusive de grandes corporações, é não fazer um background check dos influenciadores e ver exatamente com quem estão falando. Há ainda marcas grandes, patrocinando conteúdos que geram preconceito e discurso de ódio e várias que patrocinam canais que vivem de plágio e conteúdo com direito autorial duvidoso. Uma hora essa conta chega para marca.
Temos visto também, marcas que buscam influenciadores somente por uma marca de corte numérica, por exemplo, influenciadores com mais de 20 mil seguidores no Instagram. Além desses números, muitas vezes, acabarem sendo inflados, eles não refletem um determinado público-algo ou atitude.
É preciso que a marca busque a diversidade em seu casting, fazendo com que ele seja inclusivo e mostre que a empresa teve a preocupação de incluir várias vozes em sua campanha.
E por fim, um erro muito comum, é não criar [junto] com o influenciador, que sabe como ninguém desenvolver conteúdo para sua comunidade. Assim, o ideal é fazer uma co-criação, adequando o tom de voz com o objetivo de comunicação/marketing esperado.
[A.F] Aqui, é importantíssimo trabalhar na prevenção com o desenho de cenários possíveis, já que há vários drives incontroláveis. Assim, a marca deve ter o discurso alinhado para cada situação possível.
É preciso que a marca se posicione rapidamente e de forma enfática pelo ocorrido, sem meias palavras, sem tampar o sol com a paneira. E se for o caso se desculpar com o público sobre o ocorrido. E muitas vezes só a desculpa não funciona, então é importante que a marca pense também numa ação concreta para compensar o prejuízo de imagem gerado.
Romper o contrato com o influenciador e dizer que não tinha nada a ver com isso é muito simplista e tem sido cada vez menos aceito pela sociedade.
Essas foram algumas dicas para quem quer ter bons resultados com ações com influenciadores digitais! Mas se você quer se aprofundar mais no assunto, participe do Expo Digitalks 2018. No dia 5 de setembro, das 15:30 às 16:00hrs, Armindo Ferreira – jornalista e Leandro Gléria – da ELO 360, vão explicar como pesar métricas, números, engajamento e construção de marca na balança da lucratividade das campanhas publicitárias com influenciadores digitais. Faça sua inscrição aqui. 🙂
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Jornalista e Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
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