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Lições do OMR Festival: Customer Centric e Transformação Digital como cerne das estratégias digitais da nova economia

Equipe Digitalks traz as principais lições do OMR Festival, evento de marketing digital que ocorre em Hamburgo, na Alemanha

 

*Por Marcio Manzano

*Edição por Gabriela Manzini

 

Palco principal do OMR Festival, evento de marketing digital que ocorre em Hamburgo, na Alemanha

 

Nossa equipe está nesta semana em Hamburgo, cobrindo diretamente da Alemanha o OMR Festival, um dos principais eventos de marketing digital do mundo, lançado há oito anos. A organização nos impressionou bastante, uma vez que o projeto se assemelha muito às iniciativas e propósitos do próprio Digitalks aqui no Brasil. Os números impressionam sozinhos: 50.000 participantes, 1500 CMOs, 5000 marcas, 400 expositores e 300 alto-falantes.

>> Veja aqui a entrevista que publicamos antes do evento com o fundador da OMR Festival

E foi com ritmo de rock que chegamos na OMR19 para o credenciamento. A música ajudou os participantes a entrarem no clima do evento na manhã fria de Hamburgo.

No hall dos expositores, dois pavilhões dedicados a eles. O primeiro com stands menores e muita interatividade entre os expositores e o público. Também haviam alguns pequenos palcos onde algumas palestras já estavam sendo feitas. No segundo hall, encontramos stands maiores com as principais empresas do mercado digital, como Google, Facebook e Adobe.

A parte de conteúdo do primeiro dia trouxe vários pequenos insights interessantes para o nosso mercado digital. Abaixo, um breve compilado para os profissionais brasileiros de comunicação, marketing, digital e negócios.

 

Lições do OMR Festival: um olho na empresa, outro no cliente

O painel do palco Deep Dive que cobrimos discutiu dentre outros assuntos formas de se transformar processos dentro das empresas, mudando e evoluindo a mentalidade interna. Os participantes foram Alexandra Barth, CMO na HRS Group; Alexander Franke, Director Content Marketing and Creativity na Axel Springer SE; Patricia Chui, Executive Director of Content Strategy & Analytics na Insider Studios; Karsten Günther, Head of Creative Strategy & Business Development na Axel Springer SE; Yvonne Beister e Axel Springrer, ambos da Axel Springer Brand Studio BILD Editorial.

Dentre alguns destaques, Alexandra falou da importância da evolução digital das empresas e o exemplo das startups que já começam sempre com uma evolução e algo diferente do que já existe. A executiva contou que fez essas mudanças dentro do HRS Group e mostrou cinco passos de como foi feito, nos quais uma das dicas foi a viabilidade de se envolver toda a empresa para empregar sistemas internos com objetivo de mudar e evoluir.

Patricia (Insider Studios) e Axel Springer mostraram a importância de saber e entender o que realmente os consumidores procuram e a importância, principalmente no ramo deles, de primeiro entreter o publico para depois pensar em como vender ou ganhar dinheiro a partir do que produto que eles tiverem.

Eles mostraram exemplos práticos de como trabalharam o conceito customer centric com programas que foram ao ar pelo Youtube e outras redes sociais em que primeiro procuraram saber o que os espectadores gostariam de assistir para depois pensarem na fórmula do programa que iriam fazer.

 

Case Philip Morris: a empresa se transforma com as mudanças da sociedade

“Se você não fuma, não comece! Se fuma, pare!”, Marian Salzman, Senior Vice President Global Communications na Philip Morris International.

Foi com essa surpreendente frase junto com a hashtag #unsmoke que a vice-presidente de Comunicações da Philip Morris International, Marian Salzman, começou a conversa com o co-fundador do OMR, Philipp Westermeyer.

Ela explicou como a Philip Moris está encorajando as pessoas a pararem de fumar com a sua campanha “Unsmoke”, algo impensável na comunicação e marketing de uma empresa até então conhecida pela venda de cigarros.

A questão é que a empresa precisa se adaptar conforme a sociedade evolui. E a executiva destrinchou sobre como a transformação dos negócios tem data de início e de fim. O processo precisa ser contínuo no digital e a empresa quer começar um movimento global. Para isso, mostrou a importância e a responsabilidade das empresas nesse debate.

No universo da publicidade, muito se falou sobre a mídia atual ser apenas P2P (person to person), uma das tendências do marketing digital. Para a empresa, a propaganda direta entre as pessoas é uma das estruturas que nunca mudará. “As redes sociais estão aí mas estão sempre mudando, se transformando e obviamente evoluindo. Porém a publicidade “boca-a-boca”e o contato humano sempre será o mesmo. E é nesse sentido que Philip Morris deseja investir na propaganda“, completou.

 

Case Alibaba: velocidade, praticidade e conectividade na Era da Experiência

Karl Wehner, Managing Director Germany, Austria, Switzerland, Turkey and Eastern Europe no Alibaba começou sua palestra mostrando o crescimento de todos os setores na China: população, economia, numéro de consumidores, quantidade de empresas, conectividade e etc. Nesse aspecto, o grupo Alibaba também cresce e se atualiza em diversos setores não apenas no comércio como também em Mobile Media & Entertainement e Local Services.

Com isso, outros setores também tem uma necessidade de uma enorme evolução, como os setores de pagamento, logística, marketing services e data management, o que exige uma constante evolução em que um setor obriga outros a crescerem e evoluírem, em um sistema em que todos crescem.

Os consumidores chineses, apesar do mundo cada vez mais globalizado, tem uma maneira de consumir diferente do mundo ocidental. É uma população muito jovem, muito conectada, “mobile only” e mais exigente em relação a velocidade dos serviços e cada vez mais a qualidade dos produtos e serviços.

Assim, as lojas físicas na China também devem e estão se transformando. Com o banco de dados que vem sendo formado, as lojas estão se modernizando para essa clientela completamente conectada fornecendo lojas interativas e com produtos direcionados ao que realmente o consumidor chinês procura.

Eles mostraram o exemplo da loja Intersport, em Pequim. Desde a entrada na loja, o consumidor está completamente conectado a tudo ao seu redor. Com um aplicativo, os clientes têm acesso a todos os detalhes de todos os produtos das lojas. E monitores também dão acesso a todos os produtos, bastando escanear os produtos e ajudar na escolha mais adequada para cada cliente. No final, o pagamento também é feito através do smartphone e uma empresa terceirizada virá mais tarde para recolher o produto e fazer a entrega em qualquer lugar do país. É isso que os consumidores chineses estão querendo agora: velocidade, praticidade e conectividade.

No segundo dia de evento, teremos alguns dois maiores destaques e nossa cobertura continua! Acompanhe por aqui 😉

 

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