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Hiperconectividade: como é a relação do usuário com os meios digitais

Estudo realizado pela Opinion Box revela a maneira como os brasileiros lidam com a tecnologia e promove reflexão sobre a questão da hiperconectividade

 

Hiperconectividade. Esse é o termo utilizado para definir o tempo em que vivemos, quando tantos de nós passam a maior parte ou mesmo todo o dia conectados à internet. Além de consumidores, nós, profissionais da área digital, também temos essa rotina conectada. E no que isso acarreta em termos de saúde e produtividade, por exemplo? Em tempos em que causas e combates a males como ansiedade, depressão e sensação de dependência parecem mais comuns, será que não vale indagarmos como lidarmos com a nova realidade conectada a fim de utilizá-la da melhor maneira possível?

Essas questões foram algumas das que levaram a Opinion Box a realizar uma pesquisa exclusiva sobre a era da hiperconectividade. O intuito do estudo era entender melhor a relação dos brasileiros com internet e dispositivos digitais. De acordo com Pedro D’Angelo, analista de Marketing e Pesquisa de mercado da Opinion Box, no que diz respeito à forma como estamos lidando com a tecnologia, os resultados são ao mesmo tempo esclarecedores e alarmantes.

Os dados da pesquisa revelam que 30,9% dos entrevistados, quando estão sem acesso à internet, sentem como se estivessem perdendo o controle do que está acontecendo e 35,7% assumem que ficam ansiosos quando percebem que a bateria do aparelho ou os créditos vão acabar e eles não têm como recarregar.

Outra informação interessante é que 25,3% admitem que, na maioria das vezes que chegam a um bar ou restaurante, a primeira coisa que fazem é pedir a senha do wi-fi.

“O objetivo da pesquisa sobre a hiperconectividade em que vivemos não é censurar o uso da internet ou dos smartphones. A ideia é propor uma discussão sobre nossos hábitos e consumo desses dispositivos – e como nos deixamos afetar por eles”, explica D’Angelo.

 

O impacto da hiperconectividade no dia a dia

O estudo da Opinion Box também constatou que, além de problemas como ansiedade, a hiperconectividade afeta a relação com outras pessoas.

  • 37,7% já tiveram problemas sérios em relacionamentos amorosos por causa do tempo que passam conectados à internet
  • 34,2% perderam o prazo para entregar um trabalho porque ficaram muito tempo nas redes sociais. Esse número é maior entre pessoas mais jovens: passa dos 45% entre a geração Z, composta por pessoas de até 24 anos. Na vida pessoal, 37,7% perderam algum momento ou acontecimento importante da vida porque se distraíram com algo da internet.

 

Um fato positivo detectado pelo estudo é que os entrevistados reconhecem que passar muito tempo conectados pode trazer problemas. Tanto é que, 22% deles avaliam que sim, a forma como eles utilizam os dispositivos móveis está comprometendo sua qualidade de vida, seus relacionamentos pessoais ou sua saúde.

O estudo também apurou que 25,3% das pessoas acreditam que os smartphones, em geral, atrapalham a qualidade do sono, e 31,8% se esforçam para passar menos tempo conectado à internet.

Apesar de todos esses dados preocupantes, a internet não traz apenas problemas e conflitos. O lado bom da hiperconectividade é que ela aproxima pessoas e facilita o contato com familiares e amigos. Na pesquisa, 55,0% concordam que a internet, de modo geral, as aproxima de pessoas importantes para elas, e 56,6% já conheceram alguém muito importante em suas vidas por causa da internet.

 

Estamos exagerando?

“Esses dados, alinhados com o objetivo da pesquisa de avaliar o comportamento, os hábitos e também o posicionamento dos internautas sobre a hiperconectividade, deixam uma questão para reflexão. Estamos passando tempo demais conectados? 57,7% dos entrevistados concordam, sim, que as pessoas deveriam passar menos tempo conectadas. E você, o que acha?”, indaga  Pedro D’Angelo, analista de Marketing e Pesquisa de mercado da Opinion Box.

 

Sobre a pesquisa

A pesquisa sobre hiperconectividade foi realizada durante o mês de setembro de 2017 com 2.050 internautas que possuem smartphone. Para a realização da pesquisa, consideramos o smartphone um celular com tela sensível ao toque e que permite ao usuário instalar e desinstalar aplicativos livremente. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

Além dos pontos aqui mencionados, a pesquisa também abordou o comportamento dos internautas em relação à internet em diferentes momentos do dia, os dispositivos mais utilizados e vários outros aspectos relacionados à hiperconectividade. Além disso, os dados foram analisados de forma geral e por gerações, comparando o comportamento das gerações X, Y e Z.

 

Para conferir todos os resultados da pesquisa sobre hiperconectividade, basta fazer o download gratuito do relatório completo  aqui.

 

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