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[DES Madrid 2017] A morte do marketing (como nós conhecemos)

Cada vez mais as empresas estão utilizando a tecnologia em suas estratégias e transformando o marketing

 

Por Flávio Horta*

Com colaboração da equipe de Redação do Digitalks

 

Foto geral do evento

As tecnologias estão derrubando alguns elementos essenciais do marketing, primeiro transformando-os e depois mudando-os para sempre. Esse assunto foi abordado na palestra de Jaime Castelló, professor da ESADE, que esteve no DES Madrid 2017.

O acadêmico definiu três cenários do marketing: o marketing em 2005 (antes dos smartphones), o marketing no ano de 2020 (com o completo desenvolvimento dos smartphones) e o marketing no ano de 2035 (o triunfo da Inteligência Artificial).

De acordo com Castelló, o marketing como que conhecíamos morreu. Hoje, a forma como as empresas se comunicam com o cliente é totalmente diferente e as campanhas que eram eficazes antes, agora não têm mais o mesmo efeito sobre a audiência.

A tecnologia, sem dúvida está no centro do marketing. Cada vez mais os recursos tecnológicos estão se inserindo nas estratégias de marketing das empresas, seja para automatizar processos, facilitar a comunicação com o cliente, segmentar os anúncios e tornar a empresa mais relevante para o seu público.

As organizações que quiserem se manter competitivas no mercado precisam transformar os seus modelos de negócios e acompanhar essas mudanças. Mas como fazer isso?

Castelló dá algumas dicas como a segmentação, o posicionamento, oferecer produtos e serviços diferenciados e customizados. Ele destaca ainda que é importante ter canais e pontos de vendas diversificados e integrados. Não pense em campanhas isoladas, o marketing tem que ter estratégias mais amplas.

Além disso, é essencial investir em comunicações individualizadas com os consumidores tanto nas redes sociais como em outros canais. O cliente precisa sentir que é importante para empresa e que não é apenas um número para as métricas da organização.

Ainda relacionado às mudanças que as organizações precisam fazer, o acadêmico também comentou sobre a questão da precificação. Antigamente, a maioria das empresas estipulava o preço de um produto ou serviço conforme a demanda da mercadoria e as condições do fornecedor e alinhava esses fatores ao quanto desejava lucrar com essa venda. Hoje, esses fatores ainda influenciam na precificação, mas alguns outros tópicos foram adicionados a esse processo, como a aceitação e as experiências do cliente.

No fim da palestra Castelló fez uma reflexão sobre o responsável pela morte do marketing tradicional. “Quem matou o Marketing Tradicional? Foram as pessoas, os hábitos de consumo de produtos e de mídias”.

 

*Flávio Horta é empresário, publicitário e especialista em marketing digital, CEO / Founder do Digitalks – principal gerador de conhecimento e negócios na área digital – e Diretor de Eventos e Integração Nacional da ABRADi. Foi diretor de negócios na Media Factory, tem experiência no mercado de internet desde 1999, com passagens pelo BOL e UOL, além de ter montado o seu próprio e-commerce em 2002.

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