segunda-feira, 04 de setembro de 2017
Hoje, os dispositivos móveis são as principais ferramentas que conectam as pessoas com o mundo online e têm como função suprir as necessidades dos consumidores digitais. Não é à toa que o mobile domina o total de minutos gastos online em diversos países do mundo, como mostrou a pesquisa global da comScore apresentada pela Managing Director da empresa, Luciana Burguer, no EXPO de Marketing Digital, que aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto.
Um dado interessante revelado pelo estudo é que o mercado dos apps ainda não está próximo do fim, visto que, são eles que dominam o consumo mobile. No Brasil, 80% do tempo gasto nos dispositivos móveis é destinado aos apps, isso porque, os aplicativos se encaixam facilmente no cotidiano dos consumidores.
O mobile também é o meio pelo qual os consumidores digitais mais assistem os vídeos online. No Reino Unido, por exemplo, o consumo de vídeos no YouTube é feito em sua maioria por meio do celular.
“O mobile satisfaz todas as nossas necessidades, ele tem atalho para todas as coisas que agente precisa”, afirmou Luciana. Por esse fator é que os consumidores digitais afirmaram desistir de algumas necessidades se houvesse a possibilidade de ficarem sem seus celulares e tablets.
A pesquisa também revelou algumas das necessidades humanas que os dispositivos móveis têm o poder de satisfazer, são elas:
Corresponde aos requisitos físicos de sobrevivência e saúde, incluindo alimentos, roupas, moradia e etc. Em geral, os consumidores digitais no mobile gastam um tempo de navegação grande no varejo de alimentos e comprando peças de vestuário. Além disso, a audiência do mercado imobiliário é maior nos dispositivos móveis, porém, os minutos investidos na navegação ainda ficam atrás do desktop, ou seja, os usuários usam o mobile apenas para fazer pesquisas mais rápidas.
O mobile ajuda a suprir as necessidades básicas de segurança como segurança física, climática e até a profissional. Um exemplo de que as pessoas estão confiando mais no ambiente digital e, por conseqüência nos dispositivos móveis, é o crescimento da audiência dos serviços bancários.
“Mais de 50% dos usuários abandonaram totalmente o desktop. Além da praticidade, a privacidade também é um dos atrativos do mobile”, ressaltou Luciana.
A questão da privacidade é um dos fatores pelo qual o desktop tem sido abandonado. Um exemplo disso é o fato de muitos usuários optarem por procurar emprego utilizando os dispositivos móveis, especialmente, quando estão no horário de trabalho e querem evitar usar o computador da empresa para esses assuntos.
A comunicação mobile construiu muitas vias para criar, manter e desenvolver relacionamentos humanos. “O mobile continua facilitando a comunicação. Estamos desistindo de falar no telefone e trocar sms”, salientou a gerente da comScore.
Segundo Luciana, o envio de mensagens SMS diminuiu 28%, em compensação o uso dos aplicativos de mensagem instantâneas continua crescendo, mesmo em países nos quais já são muito utilizados.
A pesquisa da Comscore avaliou o tempo médio gasto nos cinco maiores apps de mensagem do mundo e constatou que, o Facebook Messenger é o preferido dos consumidores digitais dos EUA, enquanto o WhatsApp domina a Europa e a América Latina.
É fato que o ser humano gosta de ser aceito e valorizado, seja pelos amigos, família ou no ambiente de trabalho.De acordo com Luciana, os dispositivos móveis acoplados às redes sociais, permitem com que os usuários “vendam a sua imagem” mais facilmente.
As mídias sociais, sem dúvida, são canais pelos quais é possível melhorar a autoestima, afinal quando o usuário faz um post sempre espera receber alguns LIKES e comentários a respeito do conteúdo publicado. Por esse fator que as redes sociais, atualmente, representam 1/3 dos minutos gastos no mobile.
Ainda sobre as mídias sociais, o estudo evidenciou também que o número de compartilhamentos de conteúdo está superando o de posts. Para Luciana, isso se deve ao fato de “começarmos a valorizar um pouco mais o que a gente está postando”.
“O mobile também é um atalho para os nossos desejos e realizações pessoais, ele nos permite usar a criatividade”, comentou Luciana. Com câmeras mais sofisticadas e os serviços de streaming de músicas, os dispositivos móveis tornaram-se um ponto de partida para as aspirações criativas dos consumidores digitais.
De acordo com a gerente da comScore, existe uma lacuna enorme do m-commerce com relação ao tempo de minutos gastos na navegação no ambiente mobile e o resultado das vendas nessas plataformas. “Está todo mundo no mobile, mas na hora q eu preciso definir o meu investimento em mídia a gente tem gasto 80% no desktop e 20% no mobile”, revelou Luciana.
Os consumidores preferem concretizar uma compra pelo desktop em função das dificuldades de uso dos dispositivos móveis como: navegação complexa, não é possível navegar em múltiplas telas e é difícil inserir detalhes. Ao invés de mudar esse contexto e melhorar os seus ambientes mobile, as empresas preferem continuar investindo no desktop que, apenar de ter menos visualizações e não ser tão de fácil acesso para os consumidores, tem uma maior conversão.
No final de sua palestra, Luciana deu dicas para reverter essa situação.
*Bianca Borges é jornalista formada pela Universidade Anhembi Morumbi. Analista de Conteúdo no Digitalks, também tem experiência nas áreas de assessoria de imprensa e gestão de mídias sociais. Gosta de escrever sobre diversos assuntos mas, atualmente, seu foco é o Marketing Digital.
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