CORONAVÍRUS
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DAS EMPRESAS

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A maior lição que a pandemia nos traz é a reflexão

(*) Por Cleiton Ferreira

Há pouco mais de 3 meses, ninguém — ou pelo menos a maioria das pessoas — imaginava que uma ameaça invisível aos olhos humanos colocaria em xeque nossas vidas e os sistemas econômicos ao redor do mundo.

 

O novo coronavírus teve o avanço de forma exponencial. Devido ao seu alto nível de contágio, o novo vírus se espalha mais rápido que o da gripe comum, e apesar dos números ao redor do mundo indicarem uma taxa de mortalidade relativamente semelhante ao da gripe, a doença apresenta uma maior necessidade de internações hospitalares. O risco de colapso de todos os sistemas de saúde ao redor do mundo é claro, forçando até mesmo as maiores economias a adotarem medidas de urgência numa escala com impactos sem precedentes.

 

Nesse período tão delicado, muitos se mobilizam para pensar modos de superar a crise da melhor forma e com o mínimo possível de impactos, mesmo já prevendo uma difícil recuperação após o surto, alguns falam até mesmo em uma nova recessão.

 

Enquanto cientistas correm contra o tempo para encontrar um tratamento ou cura para a COVID-19, governos ao redor do mundo buscam maneiras de passar por essa crise. A mais disseminada prática e que foi comumente adotada na maioria dos governos no mundo, foi a adoção de medidas restritivas à circulação da população. Essas medidas de quarentena e restrição da população impactam de forma severa o sistema econômico e as empresas ao redor do mundo, pois, economicamente falando, restringir a fluxo de pessoas e produtos, o consumo e investimentos.

 

O impacto na economia já existe, isso é irrefutável. A maioria das micro, pequenas e médias empresas brasileiras serão, infelizmente, severamente prejudicadas com as medidas adotadas. Uma pesquisa do Datafolha indica que, no estado de São Paulo, por exemplo, apenas 11% das micro e pequenas indústrias têm capital de giro suficiente para manter a empresa em atividade por um mês.

 

Inúmeros países ao redor do mundo acabaram recebendo interferências do governo na economia com injeção de recursos para que seja possível manter, não apenas a economia em si girando, mas minimamente manter a dignidade e a vida de seus cidadãos. A assistência do estado perante a cultura de seus países se mostrou essencial em todo o mundo para o combate ao vírus e seus impactos negativos para a economia. 

Novas, mas já conhecidas, relações de trabalho

É muito difícil encontrarmos cenários positivos em meio a tantas surpresas e incertezas que vieram e que ainda estão por vir. Contudo, há de pensarmos em aprendizados e reflexões sobre nós mesmos, como sociedade, no coletivo, pensar em exercitar a empatia e como garantir bem-estar comum. Refletir sobre nossas relações de trabalho e em como a economia se configura.

 

Encontramos de forma abrupta a necessidade de rever estruturas de trabalho e comunidade em prol do bem-estar e saúde, como o home office, que antes era aderido por poucos ou de forma esporádica — mesmo já regulamentado pela CLT—, modalidade que muitas empresas ainda se mostravam relutantes em aderir esse tipo de modalidade de trabalho aos seus funcionários. A modalidade teve um aumento considerável para muitas empresas que precisaram deixar seus colaboradores em suas casas. Até última pesquisa do IBGE, em 2018, quase 4 milhões de brasileiros já adotavam o modelo de trabalho, um equivalente a 5,2% de todos os trabalhadores.

 

Alguns especialistas e CEOs apontam que a crise do coronavírus pode acelerar o processo de transformação e impulsionar a criação de mais novos empregos remotos ao redor do mundo. Confira a matéria da InfoMoney. 

Mudanças na demanda e infraestrutura

Com as pessoas passando mais tempo em casa, o uso da internet teve um aumento significativo. Seja pela ociosidade ou pela oportunidade casual, um setor que acabou tendo uma alta demanda foi o de Games e Tecnologia. O fato é que há mais pessoas dentro de suas casas nesse momento, e por isso a utilização e demanda por serviços de internet cresceu.

 

Embora ainda não apresentados de forma clara, empresas de delivery por aplicativos como Uber, Ifood, informaram dentro de seus apps que a alta demanda causada pela crise poderia fazer com que produtos ficassem indisponíveis. O Rappi chegou a informar que, já na primeira semana, houve um aumento de 10% na demanda por farmácias. Além disso, ciente das necessidades e cuidados com a saúde, as empresas adotaram medidas para diminuir o contato entre clientes e entregadores e ainda medidas para apoiar o comércio local e de pequenas empresas com descontos ou taxas reduzidas, a fim de incentivar os usuários a comprar de tais estabelecimentos.

 

Obviamente o consumo de internet no Brasil seria impactado. Segundo as principais operadoras de telefonia do país, houve um aumento de 40% no consumo nas redes domésticas durante as primeiras semanas das medidas de distanciamento social. Sites de streaming de vídeo, games e conteúdo pornográfico, por exemplo, tendem a trazer maior quantidade de acessos.

 

A gestão remota é mais simples e controlável do que se imagina.

 

Muitas empresas podem se sentir inseguras a respeito da gestão empresarial e de equipe de forma remota. As medidas de distanciamento social podem estar forçando a algumas empresas adotarem uma transformação digital em sua estrutura, o que para o futuro, quando tudo estiver se estabilizado, pode ser positivo para a produtividade.

Algumas ferramentas que já existem e que podem ser muito mais bem aproveitadas

- Videochamadas e Comunicadores Corporativos

As vídeochamadas têm se mostrado a melhor saída para reuniões pois consegue conectar várias pessoas de lugares diferentes ao mesmo tempo. Em geral, empresas multinacionais já utilizam esse recurso para conectar equipes de diferentes países. O mesmo serve para os comunicadores corporativos, que oferecem suporte para a troca rápida de informações. Alguns softwares de videochamada mais conhecidos são o Google Meets, WebEx, Slack, Microsoft Teams.

- ERP

Um ERP é muito comum e muito utilizados em empresas de diversos segmentos. Para a indústria, pode ser capaz de controlar de forma unificada diversas áreas da organização. Algumas ferramentas mais conhecidas conseguem oferecer soluções remotas e em versão mobile. Exemplos: TOTVS, SAP, ORACLE.

- Gerenciadores de Projeto

Os gerenciadores de projetos são extremamente importantes e são adotados, inclusive, na operação in loco nas empresas, mas que pode sim também ser uma ótima saída para manter o controle sobre demanda e prazos. Algumas ferramentas podem oferecer uma divisão e distribuição de tarefas por equipe e por etapas. Alguns exemplos são: JIRA, Monday, Trello.

- CRM

CRM (Customer Relationship Management) também já é uma ferramenta comum para equipes de vendas e marketing, e que também podem oferecer suporte online ou remoto. Algumas ferramentas podem apresentar mais de uma solução integrada.

Vamos lembrar que saúde é o mais importante

Medidas de isolamento social, que são necessárias, geram impacto direto na saúde mental de cada um de nós. Por isso que muitos pesquisadores da área da saúde já apontavam para os principais problemas que uma quarentena poderia trazer para a população. É importante manter os horários claros e organizados, pois é cientificamente comprovado que respeitar os horários de descanso diários garante uma melhor qualidade de vida e maior rendimento nas tarefas diárias. Portanto, saiba a hora de dar uma pausa.

O que vem pela frente ainda não sabemos

Dentre tudo o que vem sendo dito, uma palavra bastante enfatizada em todos os noticiários é a incerteza. Essa incerteza sobre o que virá é basicamente generalizada, estendendo-se por vários setores das nossas vidas.


Mais do que nunca esse é um período que veio para mudar completamente todas essas questões, e escancarar nossas principais falhas como sociedade, como indivíduos, como empresa e trabalhadores.


O coronavírus abalou as estruturas da humanidade em 2020. E esse abalo é definitivo, pois deixa um aprendizado cruel sobre todas as nossas mazelas. Conseguir sair dessa crise e tentar se reerguer sem ter aprendido nada será muito mais doloroso. 

Cleiton Ferreira

(*) Cleiton Ferreira é Junior Marketing Manager na Gamned

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