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Nem só de .com.br vivem os domínios

Em um cenário onde as extensões de domínios mais populares enfrentam uma fase de saturação, os gTLDs “generic top level domains”, novas gerações de domínios de primeiro nível, vêm ganhando espaço e status de tendência mundial na internet.

Quem tem um negócio na web sabe da importância em escolher um bom domínio e o impacto que ele causa na presença online. Neste contexto, adquirir um domínio que tenha relevância dentro do seu segmento de mercado é fundamental. Na prática, o que ocorre atualmente é que muitas empresas acabam desembolsando valores altíssimos por um domínio premium que faça referência ao seu negócio.

Por outro lado, a realidade é que nem todo mundo pode investir uma pequena fortuna para registrar um domínio “matador”, e as tradicionais extensões .com e .com.br estão bastante saturadas; esta última, segundo o Registro.br, já ultrapassa o número de 3.800.000 registros efetuados.

Diante deste cenário, a boa notícia é que a ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), instituição que controla a concessão de domínios e extensões para a internet em todo o mundo, tem um projeto que está ampliando o número de extensões de domínios genéricos, os gTLDs. O resultado desta ação será o aumento expressivo de novas possibilidades de nomes de domínios disponíveis para registro. Um exemplo são as já existentes extensões genéricas .tech, .host, .space, .me, .mobi, .press, entre outras alternativas criativas e inovadoras para esta questão de demanda enfrentada atualmente.

Como podemos observar, muitas das novas extensões de domínios fazem referência a um tipo específico de interesse, setor de negócio ou local, permitindo que os domínios “falem por si só” em muitos casos. Isso facilita o entendimento dos usuários e consumidores em relação a um produto ou serviço específico.  Aqui no Brasil, grandes players de mercado já realizaram o pedido de registro de suas próprias extensões, a exemplo de .globo, .itau, .vivo e .natura, agregando um caráter de inovação e valor para suas marcas.

Mas nem só grandes empresas podem se utilizar deste recurso. Setores específicos, como o de tecnologia, já lançam mão de extensões como .tech e .dev, por exemplo.

E vamos mais além: digamos que você vai criar um blog pessoal para falar de assuntos rotineiros que sejam do seu interesse. Já pensou em usar a extensão .me? Faça o teste: seunome.me e veja se o domínio está disponível. A extensão .me é o ccTLD de código de país para Montenegro, mas vem sendo uma excelente alternativa para marcas e sites pessoais. 

Fato é que há inúmeras possibilidades e é chegado o momento de empresas, indústrias, agências, desenvolvedores web e empreendedores solicitarem o registro de novas extensões já existentes e que tenham correspondência com seu negócio e campo onde atuam. Os benefícios podem ser sentidos não somente na questão de inovação e fortalecimento de marca, mas também na relevância frente aos motores de busca, como o Google, já que a presença da palavra-chave no nome do domínio é um fator que influencia positivamente no ranqueamento do site.

A previsão é que sejam lançadas mais de 1,3 mil novas extensões de domínios genéricos dentro dos próximos anos, aumentando esse portfólio consideravelmente já que, desde 1985, somente 22 novos gTLDs foram lançados.

Outro dado animador é que o Brasil está no ranking dos 30 países que mais solicitam o registro destas novas extensões genéricas, estando atrás somente da China, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. Podemos concluir que nosso mercado já está acompanhando essa evolução da internet em âmbito global, inovando e buscando criar novas oportunidades para marcas que enxergam à frente e querem se destacar no ambiente digital. Vamos em frente!

é Analista de Inbound Marketing da HostGator.

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