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Não é mais sobre tecnologia: é sobre pessoas

Você está correndo no parque. Seu relógio avisa que precisa repor líquidos ao chegar em casa. Neste momento, ele se conecta com a geladeira do seu lar e informa que acabou o isotônico. A geladeira acessa o serviço delivery online do supermercado. Você chega em casa na mesma hora que o entregador com um pacote de isotônicos.

Você sabe que isso não é ficção. Essas tecnologias e serviços são reais e estão prontas para fazer parte da sua rotina.

A vida é mais digital do que imaginamos. E vai muito além da internet. O analógico quase não existe. Essa revolução está transformando as indústrias, os varejos, os serviços. Desde os robôs que ajudam no processo de produção até os aplicativos que facilitam a vida das pessoas que buscam mais qualidade de vida.

Tudo está mudando radicalmente. O digital vem transformando o jeito como vemos as coisas, as pessoas, o jeito como nos relacionamos com as marcas e com o mundo. Enquanto surgem aplicativos que parecem resolver de vez nossa vida no trânsito, plataformas de redes sociais trazem à tona muitos gênios, mas, ao mesmo, provocam efeito contrário quando são utilizadas indevidamente.

Mas surgem aí grandes oportunidades. Startups viram a bola da vez. Ideias simples viram grandes negócios. Cafés viram escritórios. Todo dia nasce um empreendedor.

Os millennials invadem o mundo dos negócios com “aquele” espírito e sangue nos olhos que provoca admiração – talvez um pouco de inveja – em qualquer CEO.

O digital fez acontecer a economia colaborativa, compartilhada ou o rótulo que você quiser dar. O digital explodiu de uma maneira avassaladora transformando e criando soluções inovadoras para negócios que estavam estagnados há décadas.

Você sabia que a maior empresa de táxi no mundo não é dona de nenhum carro? Que a maior rede de hospedagens global não tem um só imóvel?

Se a sua empresa é de um ramo consolidado, cuide-se. Agora, o concorrente pode ser qualquer um.

Saúde, beleza, alimentação, turismo, educação, moda. Não existe mercado que não possa ser transformado, repensado ou reinventado com o uso do Digital.

Os negócios mudaram. Esqueça os livros que traçam teorias baseadas no B2C e no B2B. A nova economia é Business to People. O foco é você. Não importa o que a empresa quer, mas, sim, o que você quer. Seus desejos, seu jeito. Esse é o drive dos negócios.

Por que é comum a impressão de que, quando surge um problema em um serviço 24h, o atendente está sempre ausente? Por que a pizzaria da esquina sabe exatamente os gostos dos clientes e uma multinacional mal conhece os seus clientes, ainda que venda o mesmo produto para eles há dez anos?

Não dá para pensar no sucesso de um negócio se esse negócio não for estruturado para proporcionar a melhor experiência para o usuário. Se a sua ideia genial de startup não atender essa premissa, esqueça. Ela não vai para frente.

O digital ajudou a nos repensarmos, a nos descobrirmos e, acima de tudo, a entendermos e exigirmos do mundo melhores experiências em todos os momentos de nossa vida.

Agora, o ponto de vista mudou. É o nosso.

é Diretor de Criação e Inovação na PwC Brasil. Em seus 25 anos de carreira, é conhecido por capacitar e inspirar equipes para desenvolver ideias não convencionais, originais e engajadas em publicidade, mídias sociais e conteúdo de marca com uma ampla visão de negócios do mercado. Miguel desenvolveu campanhas criativas e eficazes, interativas e integradas para agências importantes: Ogilvy, NBS, Lew'Lara/TBWA , McCannErickson, Garage, DPTO e Salem. Além disso, foi premiado nos mais importantes prêmios de publicidade como Cannes Festival, One Show, New York Festival, John Caples, LondonFestival... E foi juiz do New York Festival 2016 e London Festival 2008.

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