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Monitoramento é a chave para se ter sucesso na guerra de maquininhas

Imagem: celular com localização e gráficos. Meios de pagamento.

É público e notório que o mercado de meios de pagamento é, há tempos, dominado por três a quatro grandes empresas no Brasil. Mas também é nítido e evidente o quanto esse segmento vem se transformando, principalmente nos últimos anos, com o advento de novos players –credenciadores, facilitadores, e fintechs de bancos e carteiras digitais – todos interessados em abocanhar uma fatia dos R$ 720 bilhões que o setor movimenta anualmente, segundo dados da Abecs – Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços.

Nesse mercado onde um milissegundo pode fazer a diferença na hora de se escolher uma maquininha ou um cartão, é imprescindível manter serviços e produtos sempre em pleno funcionamento. Como é sabido, existem dois pecados capitais no mercado de pagamentos: o primeiro é não autorizar. Imagine, por exemplo, um consumidor realizando uma compra e a transação com seu cartão não funcionar. O que faz o varejista? Puxa o terminal de uma outra operadora deixando de lado o primeiro por um tempo. O segundo, é não pagar. Quando não há um processo eficaz de coordenação e vigilância dos programas e rotinas responsáveis pela liquidação dos recebíveis do varejo e um problema acontece no processamento durante a madrugada, por exemplo, o risco de se perder as janelas de pagamento na manhã seguinte podem levar a falhas de repasse de valores ao lojista, o que fatalmente o forçará a realizar resgates não panejados em aplicações, solicitações de empréstimos, ou seja, um descompasso em seu fluxo de caixa.

Para mitigar esses problemas, é muito importante monitorar constantemente o negócio. É fundamental saber se as transações estão sendo aprovadas, negadas, processadas em tempo adequado, se sua malha batch está sendo executada fielmente etc. O investimento nesse tipo de ambiente, equipamentos e licenças, os custos recorrentes com suporte técnico, profissionais capacitados e em treinamento são muito altos para uma empresa iniciante, ou, ainda, para aquelas que não conhecem os benefícios do monitoramento de negócios. Diante desse cenário, a dica é buscar empresas que sejam especializadas neste tipo de serviço. Há opções no mercado, por exemplo, que oferecem robustos dashboards, inteligentes, automatizados, eficientes, flexíveis e de simples customização, fornecendo um verdadeiro raio-x das operações de negócios de seus clientes, que passam a ter todas as principais informações e dados de sua empresa na palma da mão e em um serviço 24 x 7.

Vale destacar que em serviços como esse, além da saúde das transações, é possível monitorar quaisquer outros processos de negócios, como os de credenciamento, que implicam em acompanhar quantas propostas entraram e quantas foram aprovadas após passarem por etapas de análise crédito, formalização, abertura de conta, solicitação de equipamento, quantas etapas tiveram seus SLA’ comprometidos por algum impedimento dentro do processo geral, enfim, há uma infinidade de possibilidades. Num centro de monitoramento especializado, cada etapa de um processo como esse é monitorada em tempo real com o objetivo de identificar estes gargalos, para que sejam tratados e corrigidos rapidamente, evitando perdas e atrasos maiores.

Estes são somente exemplos do que se pode controlar em seus processos de negócio. Também é possível acompanhar outras disciplinas da empresa como as metas e realizações de uma ação comercial, ou coordenar os resultados de unidades de negócios, fornecedores de serviços e parceiros tecnológicos. Outro ganho de uso é no monitoramento de acordos. Por exemplo: no contrato, um varejista se compromete a passar um volume de transações e um tíquete médio para obter descontos em suas taxas. Tudo isso é configurado na solução de monitoramento, que passa a emitir alertas sempre que algo saí do roteiro. Tudo deve ser determinado em conjunto com o cliente. Uma empresa experiente no mercado pode dar uma série de recomendações, mas quem de fato, no afinal das contas, conhece e sabe onde estão as maiores dores, é o próprio cliente.

Empresas que fornecem esse tipo de solução têm por objetivo garantir que o serviço do cliente esteja funcionando quando ele precisar. Investir em conhecimento e buscar incessantemente informações tem de ser uma rotina em sua gestão. Ao entender o seu próprio negócio, será mais fácil descobrir até onde se pode chegar, identificar pontos fracos e impulsionar melhorias que vão garantir o crescimento da sua empresa. Na concorrência desse mercado, há mais chances de sair na frente aquele que possuir maior qualidade em seus serviços a um menor custo.

é diretor da iNSeRT Payments, empresa de meios de pagamento do Grupo New Space.

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