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Geração Z: pesquisas com chatbot aumentam engajamento de jovens

A conversa, mesmo por chatbot, é a maneira mais eficaz de conectar a uma audiência que já cresceu com o celular na mão.

 

Como atingir e engajar diferentes gerações não é nenhum debate novo. A cada salto geracional somos apresentados a diferentes linguagens, perfis comportamentais e interesses de consumo (e de vida) que variam bastante. Este é um desafio comum a áreas como marketing, vendas e – claro – pesquisas de mercado.

O consumo da Geração Z

A geração Z cresceu bem diferente da anterior. Os indivíduos que vieram ao mundo após 1995 e que hoje encontram-se no auge dos seus vinte e poucos anos são pessoas totalmente conectadas e que valorizam múltiplas experiências.

Eles possuem uma exposição média de conexão nos smartphones de 15,4 horas por semana. Isso é mais que o dobro do registrado para qualquer outro dispositivo – incluindo videogames. Eles também possuem um perfil empreendedor mais aguçado, e buscam autonomia desde pequenos, com alguns já vivenciando empoderamento financeiro (muitas vezes graças à internet).

Geração Z: perfil e características

Apesar de um grupo novo e ainda em crescimento, quando falamos sobre a geração Z nos referimos a 2,52 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Essa expressiva parcela populacional tem como uma de suas características principais a praticidade. Eles dedicam cada vez menos tempo de sua integral atenção a algo específico, o que torna a tarefa de convencê-los com produtos ou ideia ainda mais difícil s – principalmente se estas parecerem, de alguma maneira, antiquadas.

Enquanto a geração Millennials fica em média 12 segundos focada em algo que chama sua atenção, a geração Z dedica apenas 8 segundos. Isso significa que a diferença entre sucesso e fracasso, no que se refere a engajar com esse público, pode estar morando nestes 4 preciosos segundos.

Além disso, a geração Z costuma ter pensamento lógico mais aguçado, sendo mais autodidata e responsável. Isso faz com que esses jovens sejam mais seletivos em seus hábitos de consumo, pautando estes não apenas por desejo e vontades, mas também por alinhamento com questões de ideologia e valores. Se para as gerações anteriores discussões sociais sobre preconceitos, sejam eles de raça, gênero ou social, ainda estão em fase de entendimento e consolidação, a geração Z já enxerga essas pautas como uma lei.

Isso faz com que suas decisões valorizem principalmente a individualidade e o diálogo. Eles compreendem as diferenças e estão sempre abertos a entender mais sobre o outro de maneira empática. A sensibilidade é evidente, inclusive com mais abertura, tanto no falar quanto no agir.

Como ter uma linguagem efetiva com a geração Z?

As tecnologias móveis e a internet nos colocaram em um patamar de comunicação dinâmica instantânea. Se aguardar horas para receber uma resposta era considerado normal, hoje a mesma comunicação se dá em segundos.

Até mesmo o texto corrido já está ficando obsoleto, recursos interativos como emojis, memes, gifs, fotos e vídeos muitas vezes não são nem utilizados como recurso de mídia, mas sim como parte da linguagem comunicacional padrão dessa geração.

Essa linguagem por código transformou-se em uma maneira de mostrar suas opiniões, expressar sentimentos e dar um toque mais humano à frieza dos caracteres textuais.

E como engajar esta geração para responder a pesquisas de opinião? É preciso rever estratégias e repensar planos táticos para conseguir furar a bolha deste ambiente dinâmico que os GenZ estão acostumados. Há pouco espaço para formulários extensos, cheio de tabelas e interfaces pouco amigáveis.

Para conseguir pesquisar este público é preciso primeiro se conectar com ele. Pode parecer óbvio, mas esse detalhe sutil faz toda a diferença. Lembre-se: além de dispor menos tempo de atenção ao novo, a geração Z procura se conectar de maneira mais emocional.

Utilizar uma linguagem conversacional com a qual eles já estão acostumados pode ser mais efetivo nesse sentido. O uso de recursos multimídia, emojis, gifs e afins pode ser um aliado na busca deste engajamento. Adotar um tom mais leve e divertido também cai bem. E, claro, o ponto mais importante dessa comunicação é ser plenamente acessível e responsiva pelo celular.

Isso tornará a conversa mais interessante, fazendo com que os jovens participem e engajem com a pesquisa de maneira mais atenciosa, oferecendo respostas mais verdadeiras capazes de gerar insights inspiradores.

A importância de usar a mesma linguagem

Quem nasceu em um mundo conectado quer agilidade e praticidade nas ações. Ao aceitar uma pesquisa, o jovem só vai continuar a respondê-la se achar a experiência agradável. Uma pesquisa desenvolvida em sintonia com o comportamento de cada geração será fundamental para levantar insights mais claros e verdadeiros.

Dessa maneira, seja seu público da geração Z, X ou Y, a melhor forma de obter respostas mais sinceras e inspiradoras é oferecer uma experiência que os deixem confortáveis, promovam conexão e tornem o ambiente propício para eles se expressarem.

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Joao Calixto

Estrategista que trabalha com pesquisa e inovação há mais de 15 anos em importantes agências criativas e consultorias de pesquisa. Ele é um grande entusiasta e um crente na revolução da IA. João desenvolveu ao lado de sua equipe no Brasil um produto de pesquisa centrado no consumidor - On The Go Survey Chatbots.

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