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Como melhorar os resultados da sua empresa

Há pelo menos três fatores que alteram os resultados empresarias:

a) o rumo da macroeconomia, onde o empresário não tem controle da situação, como as decisões sobre política fiscal, cambial, de juros, entre outras;

b) a situação do setor ou ramo empresarial, com alguma possibilidade para o empresário alterar seu posicionamento, como a interferência de uma regulação, alteração de legislação, concorrência predatória, crise setorial etc;

c) as condições peculiares da empresa, fator de inteira e total responsabilidade do empresário – aqui, as situações adversas podem ser causadas pelos fatores externos, mas no maior número das vezes são usadas como desculpa pelos tropeços da hora. Podemos citar: má aplicação dos recursos, endividamento por má gestão, estagnação mercadológica e tecnológica, processos sucessórios mal conduzidos, desavenças societárias, entre outros.

 

Quando, então, devemos procurar melhorar resultados?

Sempre. Esteja o mercado em alta ou em baixa.  O que normalmente acontece nas empresas é aplicar mal os recursos. Há uma infinidade de livros de autoajuda e fábulas que justificam poupar para o futuro. O que normalmente acontece, e poucos se dão conta, é a volatilidade dos negócios.

Na economia das empresas devemos aplicar um pacote mínimo para criar o cenário positivo de trabalho. Onde a dinâmica da gestão dos processos, recursos humanos e portfólio de produtos é a chave do sucesso. Para que isto aconteça algumas premissas devem estabelecidas:

1) Definição do foco. Uma empresa deve fazer o que tem de melhor. Dar lucro. Oferecer um “faz tudo ou fazemos qualquer coisa que o cliente quiser”, com certeza, não dará certo. Concentre-se no seu melhor e reúna os melhores para realizar as funções dos processos exigidos, para que a oferta de serviços e produtos cumpra com a promessa central da empresa.

2) Atue nos custos, zelando pelo caixa. Tem uma frase eleita como a mandatória da gestão financeira: “O caixa é rei”. Nesta condição a chave está no processo decisório para comprar os insumos, prestação de serviços, realizar investimento, pagar salários e remunerações. Há metodologias que devemos aplicar: a) Criar um orçamento anual com atualização mensal; b) Fazer um fluxo de caixa e c) Criar um comitê de caixa, onde todas as contratações devem ser avaliadas. Retirada dos sócios somente sobre o lucro ou um pró-labore se realmente trabalham e trazem resultados. Empresas que atuam em mercados saturados, com ampla concorrência, não podem ter o luxo de “merecer” excessos.

3) Atue nas vendas com metodologia. Vender para os clientes pagadores, com lucratividade e explorar alternativas para criar novos mercados dentro dos produtos ou serviços da organização. Devem definir conceitos de exploração como: tipologias, áreas geográficas e buscar os melhores padrões para apresentarem o que oferecem. A supervisão das equipes, quando existirem, é mandatória.

4) Incentive as equipes e as pessoas. É “normal” o vendedor encontrar zona de ganhos confortáveis. É neste momento que a supervisão deve avaliar como tencionar a relação, aplicando um conjunto simultâneo de incentivos. Porém, eles devem ser ampliados para todos os centros, unidades e pessoas da organização. Reduzir custos, criar novos produtos e serviços devem ser recompensados.

5) Considere relevante as emoções nos processos de mudança. As pessoas têm sentimentos. Não aplique a todas as mesmas formas de abordagem. Será um fracasso. Investigue, pesquise como abordar cada um de seus colaboradores. Se precisar demitir um grupo, faça-o de uma única vez e explique os motivos para quem saiu, bem como para quem ficou. Reconheça as lideranças informais e respeite a cultura local.

 

é diretor da Bianchi & Associados e conselheiro no Coinfra da FIESP e na Revista Interesse Nacional. Formado em Administração Pública pela FGV, com MBA Executivo Internacional pela FIA-USP, Mestre em Administração pela PUC-SP e Conselheiro certificado pelo IBGC. Foi Diretor Executivo da OS Pensarte (2012-2013), Sócio da Animus Consultoria ( 2012 a 2013), Vice-Presidente de Gestão da TV Cultura (2010 – 2012), Secretário Adjunto do Estado da Cultura em São Paulo (2007 – 2010), Superintendente Geral do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1998 – 2006), Vice-Presidente do Itaú Cultural (2001 -2006), Gerente Administrativo do Memorial da América Latina (1997-1998). Foi também Presidente da Comissão de Organizações Sociais da Secretaria de Estado da Cultura em São Paulo, membro do Comitê Gestor de Museus do IPHAN; Comissão de Análise de Projetos Culturais da Secretaria Municipal de São Paulo. Fez parte dos Conselhos Estadual da Cultura de São Paulo, Emplasa (Empresa de Planejamento Metropolitano S.A.), do IPT (Instituto de Pesquisa Tecnológica), FDE (Fundação de Desenvolvimento da Educação) e da Organização Social São Paulo Leitura, SESI São Paulo.

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