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Tendências, transformação digital e dicas de como contar histórias e encantar o cliente foram destaque no Fórum de Mkt Digital de Floripa

Promovido pelo Digitalks, o evento atraiu 340 participantes para a capital catarinense no último dia 26

Na semana passada, Florianópolis recebeu o Fórum de Marketing Digital, um dos maiores eventos itinerantes da área que traz como iniciativa o fomento do marketing digital no Brasil. Em tempos de economia instável e mudanças gritantes de hábito e comportamento do consumidor, o fórum trouxe especialistas e marcas renomadas do país para debater as últimas práticas de mercado além de muitas tendências e insights para alavancar as vendas e imagem percebida das empresas.

Contando com cinco keynotes e mais três painéis, além de um Talk Show inédito apresentado pela especialista Martha Gabriel, os destaques do dia ficaram com as palestras do Executive Partner do Gartner, Alexandre Gauth, trazendo diversos dados e tendências sobre o mercado digital; com a inspiradora apresentação da consultora Martha Gabriel sobre “Stortytelling e Transmídia”, e o debate sobre Inbound Marketing, que contou com a presença especial da Gerente Sênior de Relacionamento com o Consumidor da Coca-Cola, Elizabeth Almeida.

De 10 tendências de tecnologia em pauta e de outras oito focadas em pesquisas do Gartner, Alexandre Gauth destacou aquelas que estão levando mais CMOs a agirem atualmente. São elas: Computação em todos os lugares, Smart Machines, Mobile Marketing, Social Marketing e Data Driven Marketing. Também salientou a questão do Mobile e a jornada digital do cliente, uma tendência que já é realidade. “O mobile é hoje o que, nos anos 2000, era a internet. […] Em 2020, teremos 30 bilhões de coisas conectadas e 7 bilhões de devices. Essa conexão de pessoas, coisas e lugares é o que acreditamos ser o digital business”.

Indo pelo caminho do marketing puro, Martha Gabriel comentou que a tecnologia viabiliza o processo de “contar histórias”, mas que é esse o fundamento que os profissionais não podem nunca deixar de focar, especialmente na Era da Informação. “Estamos vivendo uma economia de atenção, com informação estruturada e desestruturada. Storytelling se torna uma otimização de share de atenção. Chamar atenção é o nosso maior desafio”, explicou.

Em uma verdadeira aula, a especialista fez uma trajetória da origem da história e mídia no mundo, desde a oralidade até as mídias digitais, e a conectou com a Transmídia, conduzindo para a importância de passar uma mensagem maior de forma que ela transcenda a plataforma. “Por que histórias vendem e atributos não? Atributo pega só na razão. História pega na emoção. Ela fornece ordem e sentimento e está associado a criatividade”, disse, ressaltando a necessidade de aliar a história com as necessidades da marca. “A história tem que fazer sentido com os business goals de marketing.

Elizabeth Almeida dentre muitas dicas e opiniões colocadas em debate, afirmou que a humanização é um dos segredos da Coca-Cola em sua bem-sucedida estratégia em contar histórias e vender. “Área de relacionamento é gente e eu amo gente. Falar de métrica, para mim que sou estatística, é música para o meu ouvido, mas é até a página dois. Na minha equipe, a gente usa metodologia internacional aplicada, mas quando se fala de ‘nomes nas latinhas’, você está falando de emoção. E mais: sabíamos que tinha um público que precisava do físico, da garrafa. Então, assim, toda estratégia que envolve emoção, vale muitas vezes uma reversão de rota e repensar, sair da caixar”, comentou a executiva sobre uma das ações nacionais de mais sucesso da marca, os nomes de brasileiros nas latinhas de Coca, e a extensão da tática ao inseri-la em garrafas também.

 

Para trazer mais insights para a discussão

Além dos destaques mencionados, as palestras do Twitter sobre como usar o real time marketing para gerar negócios e do Facebook sobre o poder da relevância do conteúdo também foram bastante aclamadas pelo público.

O Senior Account Executive do Twitter, Eduardo Port, mostrou via cases como ações ao vivo geram engajamento e como a possibilidade de fazer isso sem que seu conteúdo seja barrado é um atrativo para as marcas. “Diferente do Facebook, eu não tenho algoritmo. Eu não determino aquilo que o usuário vai ver”, afirmou. Ele ainda salientou a importância de incorporar de fato o mobile como perspectiva de negócio. “[Temos hoje] 53 milhões de usuários. 80% dos nossos usuários são mobile. Desde o início [2006], o Twitter foi pensado para ser mobile. Era para ser uma plataforma de SMS gratuita e acabou evoluindo para esta rede social”.

Já o Client Partner do Facebook, Bruno Montoro, desmistificou os principais motivos que as empresas apontam quando se fala em desafios para a produção de conteúdo, tais como falta de tecnologia, dados inacurados, não ter informação para fazer e nem orçamento. Ainda falou da importância de “fazer a mensagem certa para a pessoa certa”, e como e porquê o vídeo se tornou um poderoso instrumento para as marcas nos dias de hoje. “A capacidade do feed [timeline] é muito importante. E o vídeo capta atenção”.

Por fim, nem a chuva torrencial que caiu na terça-feira do dia 26 afastou o público no final do Fórum de Marketing Digital de Floripa, encerrado com entrevista exclusiva com o diretor-geral de Jornais e Mídias Digitais do Grupo RBS, Gabriel Casara.

Após estudar nos Estados Unidos sobre Transformação Digital e como aplicá-la no mercado de Comunicação, Mídia e Entretenimento, Casara voltou ao Brasil e implementou o conhecimento no Grupo RBS, se tornando o responsável pelas operações on e off-line de cinco periódicos do grupo em Santa Catarina. O diretor contou um pouco de sua trajetória e aprendizados em um Talk Show com Martha Gabriel, oficialmente membro da equipe do Digitalks.

No processo de transformação digital, você tem que descobrir o time de profissionais que vai te ajudar no curso disso. O Bruno [executivo do Facebook, que havia subido no palco antes de Casara], falou sobre a visualização de transmissões ao vivo via Facebook. São as marcas gerando conteúdo que tem que ser relevante e, de certa maneira, colaboram. O ecossistema está muito mais complicado, mas ao mesmo tempo mais completo, com mais alternativas para o consumidor”, disse sobre a indústria de mídia e comunicação no país.

Dentre os desafios desse segmento, ele apontou a manutenção da relevância no mundo digital, a mudança necessária no modelo de negócio, a liderança das empresas para guiar uma transformação no sentido digital, e a questão da velocidade com que as coisas acontecem. “A empresa do futuro é um mix das empresas tradicionais com as startups. O músculo daquelas com a velocidade dessas”, finalizou.

 

 

 

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