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Como usar o jogo Pokemon Go para fazer Marketing

O game de realidade virtual aumentada virou febre. Mas como marcas e negócios podem usar o Pokemon Go para fazer Marketing?

 

Por Gabriela Manzini*

 

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Na foto, vê-se um pokemon, um pokestop (símbolos geométricos) e um pokestop com “feitiço”, recurso que atrai mais pokemons ao local por 30 minutos. Foto: arquivo pessoal do Digitalks.

Em menos de 24 horas depois do lançamento do Pokemon Go no Brasil, no início de agosto, mais de 50 milhões de usuários já haviam baixado o jogo. O game, que utiliza de realidade virtual aumentada, virou febre no mundo todo, apesar dos números indicarem uma queda no volume de usuários em uma base global.

O jogo foi lançado mundialmente em 6 de julho pela Nintendo, que entrou com uma parceria de US$ 30 milhões com a Niantic, detendo 33% da The Pokemon Company.

Por aqui, o Pokemon Go era aguardado com ansiedade por consumidores e, em menos de um mês, tem influenciado outros setores, tais como o de transporte e o varejo. Marqueteiros vêm quebrando a cabeça para entender como podem se aproveitar de um movimento social para divulgarem suas marcas.

Para entender um pouco mais sobre as possibilidades, o Digitalks conversou com o CEO da Hive Marketing Technology, Mitikazu Lisboa, especialista na utilização de tecnologia, criatividade e inteligência de dados para o desenvolvimento de experiências digitais diferenciadas, tendo já trabalhado com projetos para empresas como a Ambev, Cisco,  Itaú e P&G nos seus mais de 20 anos de mercado.

Confira abaixo a breve entrevista com Mitikazu Lisboa.

 

Digitalks: Por que o Pokémon Go despontou e “bombou” tanto entre os jovens e na mídia?

Mitikazu Lisboa
Mitikazu Lisboa

Mitikazu Lisboa: Na verdade, uma coisa interessante de Pokémon Go é que ele não só teve apelo muito forte no público mais jovem, mas também na faixa de jogadores acima de 25 anos. Isso porque a franquia de Pokémon tem um público cativo, que, sendo hoje em dia mais velho, não podia dedicar tanto tempo aos games de console, mas que está sempre com o smartphone. Somando isso à interface de realidade aumentada temos todos os componentes para o sucesso. Vale notar que esses fatores garantem um grande número de jogadores experimentando o título, mas não que a retenção e monetização do game sejam um sucesso.

 

D: Como esse assunto está ligado ao Marketing?

ML: A primeira coisa que Pokémon Go mostra é que games, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é um segmento de nicho, existem centenas de milhões de jogadores no mundo, é só saber falar com eles. A outra é a força de tecnologias como GPS e realidade aumentada, que são muito úteis para ações promocionais.

 

D: Por que profissionais do ramo de Comunicação e Marketing devem ficar atentos a esse fenômeno?

ML: Porque ele mostra como a utilização de estratégias de gamificação gera uma potencialização de qualquer esforço de mídia em uma escala que os modelos tradicionais de comunicação simplesmente não conseguem replicar.

 

D: E como esses profissionais podem trabalhar com o Pokémon Go?

ML: Como o Pokémon Go especificamente, dependem muito da política de advertising da Nintendo e do Pokémon, que ainda não estão claras, mas com certeza muitos elementos que fizeram do jogo um sucesso podem servir de benchmark para ações de marketing nos mais diversos segmentos.

 

Como atrair mais clientes com o Pokemon Go

Empresas brasileiras já estão seguindo os passos de companhias internacionais – como o L’inizio’s, pizzaria do Queens, em Nova Iorque, que investiu US$ 10 com módulos de atração –e também estão utilizando recursos do game para atrair jogadores e potenciais clientes para um determinado local, especialmente no ramo do varejo, que enfrenta queda de arrecadação desde o ano passado.

O módulo de atração (“lure module”) é o recurso mais utilizado, que permite atrair pokemons para um pokestop, que é um lugar pré-determinado no qual jogadores podem conseguir mais pokebolas e outros recursos que recuperam pokemons machucados depois das batalhas – mais do que “caçar pokemons”, o jogo tem como objetivo colocá-los em batalha com outros jogadores para determinar os mais fortes. O recurso é popularmente conhecido como “jogar um feitiço” no pokestop.

Além disso, outra forma de monetizar seria ter um pokestop na sua loja. Inclusive, a Niantic já anunciou planos para ter locais patrocinados como um segundo componente do modelo de negócio. No entanto, a possibilidade de criar um pokestop em uma loja foi temporariamente suspenso pela empresa em razão do grande volume de pedidos.

No futuro, adicionar pokestops em determinado local será cobrado de alguma forma, mas, por ora, é apenas possível deixar um pedido na página da Niantic – clique em “Submit a Request” nesta página.

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Pokestop com “feitiço”.

 

Você já usou algum recurso do Pokemon Go para monetizar na sua loja? Compartilhe sua experiência com a gente aqui nos comentários!

 

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